Geraldo Trindade
A Campanha da Fraternidade
neste ano coloca a sociedade, o governo e a Igreja em sinal vermelho. O que
estas três esferas têm oferecido aos jovens?
Os jovens passam
por uma crise de sentido, de certezas. O que tem sido feito para orientá-los?
Cada vez mais se
estabelece relações entre as pessoas a partir do interesse, da indiferença e do
utilitarismo. O que tem sido feito para educar as novas gerações de gratuidade?
A publicidade e o
mercado criam realidades ilusórias, necessidades que provocam o descontrole do
consumismo em crianças, jovens e adultos. O que se tem feito para criar a
consciência de um consumo sadio e consciente?
O avanço
tecnológico vai garantido maior acesso a internet, aos meios de comunicação e
redes sociais. O que se tem dialogado com as crianças, adolescentes e jovens
sobre o uso correto desses meios?
Infelizmente, aos
poucos vai se perdendo os parâmetros do que é bom e mal, correto e errado.
Muitos jovens
perdem o sentido da vida, estão ausentes a dimensão do futuro e da esperança. Assustadoramente,
cada vez mais jovens se perdem no álcool, nas drogas e no extermínio de sua
própria vida. São eles também, os jovens, vítimas de assassinatos.
O limite, o “não”
parece inexistir, pois é tomado como limitação da liberdade e por isso mesmo
corre-se o risco com a formação de gerações que desconhecem limites e o respeito aos outros.
Não basta a indicação
dos riscos pelos quais enfrentam a juventude. Jovem bem orientado não é
manipulado, pois é capaz de assumir suas decisões com determinação. É capaz de
se colocar diante do mundo, de suas solicitações com uma nova postura: não se
deixar levar somente pelo que está na moda e na “boca da galera”. Sabe utilizar
as redes sociais com discernimento e limite. Vê na família o porto seguro, o
lugar do aconchego, do carinho e da formação de valores.
O jovem sabe que
sua vida está interligada ao destino das outras pessoas e ao futuro da
humanidade. Sabe que a fé em Deus e a sua participação na Igreja são tesouros
preciosos, do qual não se pode abrir mão.
“A Igreja olha
para os jovens com esperança”. (Bento XVI). Além de serem esperança, os jovens
são heróis dos tempos pós-modernos; capazes de superarem as injustiças e
corrupção, de serem fermentos em meio aos idealismos, de defenderem o bem
comum, de promoverem o diálogo e o encontro, de serem autênticos e
participativos, de preservarem e cultivarem a fé, o amor a Deus e ao próximo...
Cada dia mais os jovens são convocados a serem protagonistas de uma sociedade mais
justa, fraterna, inspirada no Evangelho: a CIVILIZAÇÃO DO AMOR. Fica o conselho
de um pai espiritual aos jovens: “Permiti que o mistério de Cristo ilumine toda
a vossa pessoa! Então, podereis levar aos vários ambientes aquela novidade que
pode mudar relacionamentos, as instituições e as estruturas, para edificar um
mundo mais justo e solidário, animado pela busca do bem comum. Não cedais a
lógicas individualistas e egoístas! Que vos conforte o testemunho de muitos
jovens que alcançaram a meta da santidade.” (Bento XVI)
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