quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O que Bento XVI vem fazer no Brasil em 2013?
Geraldo Trindade
jovem, formado em filosofia (FAM) – www.pensarparalelo.blogspot.com

            Por que Bento XVI vem ao Brasil? O que este homem tem a nos falar?
            Ele vinrá ao país em 2013 para participar da 27ª Jornada Mundial da Juventude.
            Não é com pouco pesar que vemos o egoísmo imperando, as famílias se desfragmentando, o ódio entre segmentos sociais se acirrando, a ausência de amor, de alegria, de esperança se instalando. O trabalho digno é privilégio de alguns, o desemprego ainda marca profundamente nossa realidade, as drogas invadem os lares, a violência ceifa vidas, a depressão atinge milhares de homens e mulheres...
            Apesar de tudo isso, nada impede os jovens de sonharem. É próprio deles desejarem algo mais do que o cotidiano da vida. O jovem é o ser do novo, da relação interpessoal vivida na verdade e na solidariedade, da amizade autêntica, do verdadeiro amor, do futuro sereno e feliz... Perguntam-se qual o sentido da vida, buscam porto seguro para reabastecer a força e zarpar em busca de seus ímpetos mais sublimes e generosos.
            Vivendo nesta realidade, a figura do papa representa que há uma alternativa onde se possa encontrar, na vastidão e na beleza da vida, uma segurança e um sentido. Bento XVI vem para nos reafirmar que tudo o mais é insuficiente quando se descobre que o nosso desejo da vida é Aquele que nos criou. Ele deixou sua marca indelével em nós, por isso aspiramos o amor, a alegria e a paz.
            A vinda do papa nos deixará um imenso legado espiritual. Será uma oportunidade ímpar de se ver o rosto da juventude católica, de renovar e solidificar a todos na fé e no amor à Igreja. É a certeza de que vale a pena acreditar em Deus, de dar a sua vida em favor dos outros.
            No próximo dia 18 de setembro, chegará ao Brasil, em São Paulo, a cruz, símbolo desse encontro do Papa com os jovens. Esta cruz feita de madeira, com pouco mais 3,5 metros de altura foi doada aos jovens pelo Papa João Paulo II em 1984 e desde 1994 peregrina, juntamente com um ícone de Maria, o país sede da jornada. Ela percorrerá todo o nosso país sendo um sinal que faz ressoar as palavras do próprio papa: “Muitas vezes a Cruz assusta-nos, porque parece a negação da vida. Na realidade, é contrário! Ela é o ‘sim’ de Deus ao homem, a expressão máxima do seu amor e a nascente da qual brota a vida eterna. Portanto, não posso de deixar de vos convidar a aceitar a Cruz de Jesus, sinal do amor de Deus, como fonte de vida nova. Fora de Cristo morto e ressuscitado, não há salvação! Só Ele pode libertar o mundo do mal e fazer crescer o Reino de justiça, de paz e de amor pelo qual todos aspiram.”
            Trazemos dentro de cada um de nós inúmeras questões e dúvidas. Procuramos resposta e não pararemos de buscá-las, mas trazemos a certeza de que só será possível encontrá-las por meio de Jesus Cristo, Aquele a quem o papa, figura de Pedro, insiste que confiemos.
            Rumo à Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, certos de que os jovens respondem com prontidão quando é proposto com fé com sinceridade e verdade o encontro com Cristo, fundamento da nossa fé.

                                    Clipe para chegada da Cruz da JMJ no Brasil em 2013

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Em Dom Luciano tudo era In nomine Iesu
Geraldo Trindade
Os santos não se repetem. O Senhor da Vida, em sua providência de Pai, reserva em cada tempo, conforme a necessidade de seu povo homens e mulheres que com sua vida dão testemunho vivo do Evangelho. Por isso, a mensagem que eles nos deixam é eterna e atual. Por meio da humildade imitam o Filho de Deus e tornam-se uma lição gritante para cada um de nós, hoje. Seu despojamento, sua pobreza singela e realista é uma interpelação veemente para nós e para os que vinrão depois.
            Os santos são o Evangelho não em palavras, mas em vida, sem comentários, sem notas de roda-pés que perduram por anos e séculos. Tornaram-se mestre na fé, pois ousaram lançar-se, atestaram o reino de Deus por meio do testemunho, de saltarem-se no Mistério de Deus, transbordando-o, confundindo-se com ele em um processo irrenunciável e irrefutável.
            O dia 27 de agosto deste ano será marcado pela lembrança saudosa de Dom Luciano Mendes de Almeida. No dia 26, o Brasil unindo-se à Arquidiocese celebra os 5 anos de falecimento do amado bispo, que sempre deixou um rastro luminoso de generosidade, de santidade, de paixão pelo próximo e por Deus. Neste dia, na Catedral Metropolitana de Mariana haverá a Celebração Eucarística às 18h30. Logo após, às 20h, haverá a solenidade de entrega da Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida do Mérito Educacional e Responsabilidade Social. Este ano serão homenageados: Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo, Padre Paulo Vicente Ribeiro Nobre, Irmã Carmen Mendes de Carvalho, Irmã Neusa Quirino Simões e Grupo NATA.
            O “pastor dos esquecidos” nasceu aos 5 de outubro de 1930 no Rio de Janeiro, sendo seus pais Cândido Mendes de Almeida e Emília de Mello Vieira Mendes de Almeida. Ordenou-se padre na Companhia de Jesus (jesuítas) aos 5 de outubro de 1947 em Roma. Em 2 de maio de 1976, foi ordenado bispo, auxiliando na Arquidiocese de São Paulo e em 6 de abril de 1988 foi nomeado arcebispo metropolitano de Mariana.
            Em Dom Luciano se manifestava o fascinante amor pela humildade, pelo despojamento e pela simplicidade. Em sua vida e missão sempre esteve presente as marcas da fidelidade e da generosidade.
            Além de tudo isso acima e tudo mais que se fala de Dom Luciano, quem foi ele? Um bispo, presidente da CNBB e secretário geral da mesma entidade, arcebispo de Mariana – primaz de Minas Gerais.... Ele, porém é conhecido mais por ter sido amigos dos simples, dos pobres e dos pequenos. Ele foi a voz dos sem-voz, foi a paz e o diálogo nas situações de conflito, foi a generosidade no agir, bondade e compreensão na acolhida e no encontro com os outros, amabilidade e servir como meta constante... Nisso esconde-se o mistério de sua santidade: de se renovar no serviço humilde e desproporcionado de reconhecimento.
            Em quantas vidas, Dom Luciano esteve presente! Ele não se importava com o retorno humano e afetivo, mas contava com a grata satisfação de, por meio dele, ter manifestado a grandeza do amor de Deus. Neste ano de 2011, 5 anos após seu falecimento, é mais uma oportunidade que se desponta para não deixar que o vazio e a escuridão tome conta de nossa memória de nossas ações, mas de sermos tomados pela luz que brilhou em Dom Luciano: o amor de Deus.
            Por onde andou Dom Luciano quando esteve em nosso meio? Sua companhia foi os pobres, os miseráveis, os simples, os abandonados. No entanto, por onde ele andou? Claro, só podia ser lá, mesmo estando aqui. Ele andava pelo céu!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011



7 de agosto: 300 anos de Cipotânea e 50º
Jubileu sob a proteção de São Caetano
Geraldo Trindade

Às portas do 7 de agosto já se pode dizer que Cipotânea  já se encontra entre as cidades que têm 300 anos de fundação. Sob o patrocínio de São Caetano esta data marca o esforço de milhares de pessoas, que lutando e trabalhando, nos faz orgulhar de nossa terra. Além deste motivo, a cidade no mesmo dia celebra o jubileu em honra de São Caetano, o santo da Divina Providência, que neste ano está em sua 50º edição sob os cuidados do pároco Pe. Rogério Venâncio Rezende.
De maneira muito festiva toda a cidade se alvoroça em organizar e celebrar, com alegria, o padroeiro da paróquia. Neste ano de 2011, o dia 7 de agosto contará com carreata saindo de Barbacena, alvorada, missas (6h, 7h, 9h,11h, 15h, e 16h) e a procissão percorrendo as ruas da cidade, marcando as homenagens ao santo e aos 300 anos de povoação das terras do cipó amarelo, antes, São Caetano do Xopotó, hoje, Cipotânea.

A devoção a São Caetano foi muito propagada pelo ilustre pároco Pe. José Geraldo das Mercês, que conhecendo a biografia do santo foi tomado de piedosa simpatia por sua vida, exemplo e virtudes.
            Que bela imagem ver peregrinos da cidade e de outros lugares acorrerem às ruas para acompanharem as procissões e de forma mais intensa à de São Caetano. É comovente ouvir a multidão entoando com toda a força e ânimo o hino ao seu padroeiro e intercessor: “Graças mil, oh São Caetano, vos entoa de coração. Este povo todo ufano, de vossa alfa proteção. Salve, salve, amável pai, vossos filhos reverentes pela fé e a
mor ardentes, lá do céu abençoai.”
            Quanta alegria perceber que os pedidos de centenas de fieis foram alcançados a Deus sob o intermédio do santo da Providência, que nos ensina a buscar em primeiro lugar o Reino de Deus, pois tudo mais vinrá por acréscimo. Alegria estampada nos rostos sofridos, contritos, confiantes e cheios de fé do povo que inspirando-se em São Caetano cultivam as verdadeira virtudes evangélicas da caridade, do amor ao próximo, do temor a Deus e do serviço.
            São 300 anos de Cipotânea, 50 anos de jubileu que marcam a história de cada um, que de uma forma ou de outra está ligado à esta querida terra. Resta-nos dizer, PARABÉNS AO NOSSO POVO, que vive sua fé, fazendo desta pequenina cidade uma terra singular, expressado grandemente na garra e coragem de cada um que ali nasceu.
            Oh, São Caetano, olhai para este povo querido, que passando, por dificuldades e descasos não deixa de confiar na Providência Divina quando muitas vezes falta-lhes o intermédio solidário de seus irmãos, que podendo fazer algo, optam por nada fazerem. Mesmo assim, VIVA CIPOTÂNEA pelos 300 anos, que São Caetano interceda sempre a Deus por nós e que venham muitos anos de alegrias e conquistas.