Neste ano de 2013, a arquidiocese
de Mariana festeja os 300 anos de edificação de sua catedral metropolitana
Nossa Senhora da Assunção. A celebração se dá pela importância, pois é uma das
primeiras catedrais no interior do Brasil, fazendo com que a evangelização, que
se iniciou no litoral do país, estendesse para o interior, atingindo uma maior
extensão territorial e populacional.
A
diocese de Mariana foi criada em 1745 pelo papa Bento XIV no dia 6 de dezembro
de 1745 pela bula Candor lucis aeternae por Bento XIV, desmebrando-a da então diocese de São
Sebastião do Rio de Janeiro. A igreja escolhida para se tornar catedral da nova
diocese foi a capela da beata Virgem Maria do Monte Carmelo. Depois com a
elevação da capela à matriz, ela foi dedicada a Nossa Senhora da Conceição. A
construção deste templo se deu na administração do governador Antônio Francisco
de Albuquerque. Não se sabe, porém, a data específica da finalização da obra;
mas o período de construção compreende os anos de 1713 a 1760, que é a data em
que se acredita o término da construção como está atualmente.
Com a criação da nova diocese em
território mineiro, foi elevada à categoria de cidade a vila e a catedral à
matriz, agora dedicada a Nossa Senhora da Assunção. Essa mudança de padroeira remete
a uma tradição luso-brasileira em que a maioria das matrizes era dedicada a
Nossa Senhora da Conceição e as catedrais a Nossa Senhora da Assunção.
A catedral sofreu várias
intervenções artísticas e arquitetônicas desde a posse do primeiro bispo, dom
Frei Manoel da Cruz, como a colocação do forro, pintura interior, construção da
capela do Santíssimo, assentamento do órgão Arp Schnitger em 1753 doado pelo
rei Dom José I. Em 1º de maio de 1906 a diocese de Mariana é elevada à
Arquidiocese e Sé Metropolitana pelo papa Pio X por meio da bula Sempiternan
Humani Generis. Em 1961 a Catedral é elevada à categoria de Basílica menor.
A construção da cripta, onde estão sepultados os restos mortais dos bispos e
arcebispos marianenses se deu no ano de 1963 e neste mesmo ano foi sagrado o
seu altar no dia 16 de julho.
A Sé Catedral de Mariana tem seu
traçado arquitetônico externo bastante simples, o que contrasta com a
exuberância de seu interior, marcado por um rico douramento e policromia.
Possui uma nave central e duas laterais separadas pelas arcadas, provocando uma
sensação de solidez. A leve inclinação das paredes da nave central dá a
impressão de grandiosidade. As laterais são formadas por 10 altares de
diferentes estilos e o caideral do cabido enfeitado com paisagens chinesas.
Outros destaques são o tapa-vento,
na entrada, de Francisco Vieira Servas, a pia batismal em pedra, cuja tampa
também foi esculpida por Servas e o painel representando o batismo de Cristo
que tem como autor Manoel da Costa Athaide.
Além desses aspectos artísticos e
arquitetônicos, a celebração dos 300 anos da catedral, que ocorrerá entre os
dias 21 a 26 de outubro, contará com a presença do núncio apostólico no Brasil,
Dom Giovanni d’Aniello no dia 24. A celebração quer marcar o grande passo dado
neste período de tempo por meio do anúncio e da pregação do Evangelho no estado
de Minas Gerais e em todo o Brasil. Por meio da presença da Igreja Católica, e
neste caso especial pela edificação da catedral e criação da diocese de Mariana,
pode-se levar adiante a evangelização de regiões antes desconhecidas ou pouco
habitadas. Destarte, os 300 anos significam o grande desejo de perenemente,
enquanto Igreja, sermos anunciadores de Cristo e das verdades do Evangelho, que
continuam levando a força da Palavra de Deus aos corações desejosos do Caminho,
da Verdade e da Vida, que é Jesus Cristo.
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