sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Por que se ama?
Geraldo Trindade

            O que é capaz de eliminar a obscuridade, o medo, a dúvida, o rancor, a violência do rosto das pessoas?
            A certeza de que se é amado.
            Para se chegar a certeza de que se é amado não basta uma idéia, pois ela somente serve para criar idéias fixas, ou seja, fanatismos. É necessário o eu, que sozinho não vale nada. Existe o eu, que precisa do outro, que também sozinho não se basta.
            O outro, que me quer bem, o que me transmite? O sentido da vida. O outro que me ama, quer a mim. Giancarlo Cesana refletindo sobre a realidade humana diz que “somos destinados a amar: isto supera todos os pontos de vista, ultrapassa todos os limites de um dever.”
            Ama-se porque é o nosso destino, não porque devemos amar. Não se ama a si mesmo, mas ama-se um outro, diferente de mim; que necessita de amor e que é pluri-possibilidades de amar. A este outro que interfere na minha vida por meio do amor é necessário uma resposta. Responder, segundo Cesana, é dizer que a vida não é mais como se imagina, mas determinada pela presença à qual responde.

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