Geraldo Trindade
As vitórias
ressaltam nossas virtudes, potencialidades e capacidades. Mas, as derrotas
constroem o caráter. É preciso aprender a se doar por inteiro, dar o que pode
de melhor; mas saber lidar com o êxito e as frustrações. Se se tem um
verdadeiro vitorioso não é porque ganha sempre, mas porque sabe lidar e seguir adiante
em meio ao fracasso.
O
Brasil que sedia a Copa iniciou o mundial de forma tímida, com pequena empolgação
dos brasileiros, que prefeririam investimentos em infra-estruturas do país a
custear os gastos exorbitantes de um evento desta magnitude. Apesar disso, o
jogo mais popular alcançou seu objetivo: uniu o país em torno de uma bola.
Chegou mesmo a “endeusar” os convocados, que passaram a compor a seleção. No
fundo do coração de cada brasileiro estava a esperança tímida, mas presente, de
que o Brasil poderia acrescentar a sexta estrela.
A
sede pela taça e o orgulho brasileiro de que se é imbatível no futebol é
presente em nosso país. A Alemanha paralisou os passos “tímidos” rumo ao hexa.
Como lidar com essa derrota quando o país sedia a copa?
Alguns
aspectos devemos reconhecer: as derrotas existem e é preciso estar preparados
para passar por elas. A diferença entre quem vence e quem perde é a capacidade
de ter a dignidade de saber perder. A derrota neste momento pode e deve ser uma
alavanca poderosa para buscar ser sempre o melhor, de doar-se por inteiro. A
dignidade da derrota está em compreender e admirar o adversário. Os sentimentos
ficam misturados: a raiva, a frustração, a impotência...
Dois textos bíblicos me chamam atenção: o pastor
que tem cem ovelhas e perde uma, deixa as demais e vai ao encontro da que se
perdeu (Lc 15, 4-6) e a da mulher que tinha dez moedas e perdeu uma. Procura,
encontra e se alegra ( Lc 15, 8-9).
Em termos
existenciais perguntamos: o que foi de mais importante perdemos em nossa vida?
Todos já perdemos algo ou em alguma situação sentimo-nos vencidos. A questão
não é o que perdemos em si, mas como lidamos com essas perdas. Temos
possibilidade de percorrer dois caminhos: lamentar, culpar os outros e sofrer o
resto da vida ou encarar o problema, tratar a questão com serenidade e aprender
com ele.
Tanto
no campo quanto na vida as perdas são inevitáveis e não se pode ganhar sempre.
As perdas acompanham a nossa existência: morte, separações... Aprender a perder
é um exercício para aprender a ganhar. Como pessoas de fé não se pode perder o
prazer de viver, as oportunidades, a dignidade, a fé e a esperança. Se preciso
for é preciso ir às perdas da vida porque o que nos move é a certeza de que somos mais que vitoriosos
em Cristo. Resta-nos a pergunta: “Quem é o vencedor do mundo, senão aquele que
crê que Jesus é o Filho de Deus?” (1Jo 5,5).
Bom dia!
ResponderExcluirÓtimo post!
As pessoas precisam entender que perdemos e que necessitamos entender os porquês das perdas, crescermos com elas e avançarmos no intelecto e espiritualidade com nossos ganhos e perdas - afinal, perder e ganhar faz parte da vida !
Parabéns, serei leitora constante de seu Bolg!
Mariângela
O Povo brasileiro foi o grande vencedor desta Copa, agora, só falta sensibilizar um jornalista para fazer uma matéria com a Fundação Geolíngua. - Imaginem se o Governo Brasileiro e a imprensa luso-brasileira tivessem dado ouvidos ao Roberto Moreno, desde 2009, quando lançou uma proposta sociocultural, económica e politica para esta Copa, independente do resultado que a mesma teria - No dia 27-6-2014, primeiro intervalo da Copa, deveria ter sido festejado o - Aniversário de 8 Séculos da Língua Portuguesa. – Pois, o Testamento de Vida do Rei de Portugal, D. Afonso II, considerado o primeiro documento oficial escrito em Português é de 27-6-1214. - O presidente da Fundação Geolíngua, apercebeu-se deste Facto e registou oficialmente, em 2009, uma série de actividades socioculturais, neste âmbito, e apresentou-o, à Assembleia da República, e que o apoiou. - Cartas e documentos foram enviados à imprensa, governo e entidades luso-brasileiras, solicitando parcerias e divulgação. - O Boicote foi total e o Sonho foi desfeito. Veio o "Castigo" e o "Pesadelo" na Copa que seria das Copas. (dica: ver no google - Roberto Moreno+Verbos e Letras)
ResponderExcluir